terça-feira, 4 de março de 2008

A minha alma...


A minha alma...
A minha alma que tu querias guardar no ninho escuro das tuas mãos.
A minha alma que é vagabunda quando sentes que perdeste o coração dentro dos corpos
e que perdeste o corpo no desejo das mulheres solitárias.
A minha alma que tu querias ensinar a voar
e que inventaste uma dança para descreveres a forma que a nuvem faz quando se insinua
nos dedos e no tronco de uma árvore esguia.
A minha alma que julgas ser a musica que escutas,
esta alma que por vezes é a noite que te perturba
ou que ainda pode ser o vento suave que sopra nos olhos,
esses teus olhos é a minha existência.
Por onde vai a minha alma,
vai o rio que corre com toda a sua água se infiltrando na vida,
nas pedras e nas flores, essa água que desagua nas canções que já cantamos juntos.
A minha alma que tem o poder de ficar diferente como fica a borboleta ou o fogo.
A minha alma é o teu pensamento que se desenha cheio de gestos dentro de mim.
A minha alma e o teu pensamento estão dentro de mim
e quando adormeço com a não existência descubro a forma primordial do Amor.

É possível ver Deus pela descoberta dos sentidos que adivinham o Amor antes das palavras.

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